Quando eu nasci,
Ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram as veias,
Nem o Sol escureceu,
Nem houve Estrelas a mais …
Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.
As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém …
P´ra que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe …
Sebastiao da Gama
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
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1 comentário:
Amanhece e a luz torna tudo banal.
Afinal as palavras não resistem
a um simples sol que se ergue todos os dias,
comezinho, igual a si mesmo.
Ou talvez esta necessidade
de olhar o mundo à transparência
e de lhe perceber os significados invisíveis,
que afinal talvez não existam
excepto em imaginações exaltadas
e absurdas como a minha,
tenha encontrado o seu momento de rotura,
e descanse agora,
para que eu me detenha.
JC
Setubal,2009
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