Nã sei explicar mesmo que o queira...
Não sei dizer a partir de que momento comecei a desfazer-me em pedaços...
Não sei dizer qual o primeiro dia em me senti assim, qual o primeiro dia em que comecei a desistir...
Tu procuras uma explicação logica, uma razão, um motivo...
...mas eu não te posso dar, foram várias as coisas, vários os motivos e varias as razões...
Perguntas-me o que é feito da minha força, da minha coragem, lamento se desiludo, mas talvez não fosse assim tão forte, talvez não fosse assim tão corajosa...
Não te sei explicar porque não me sinto bela ou talentosa, não te sei explicar porque não me sinto nada disso, porque me sinto vazia...
Às vezes acredito, tenho um pouco mais de esperança, como se a luz estivesse próxima, nesses dias em que sinto bem, vou avançando, sempre pra melhorar...
Mas noutras alturas parece tudo tão dificil, mas durante o dia eu sorriu, sinto que é isso o que esperam, mas nesses dias em que não estou bem e me sinto à beira do abismo, a pisar a tenue linha entre a normalidade e a demência, choro em silêncio, dou gritos mudos de revolta, não queria ser assim...
Queria conseguir explicar-te, perceber o porquê deste vazio que me invade, a unica coisa que te sei dizer é que se forma um nó na garganta, um aperto no estomago, a solidão que me invade trasforma-se numa dor incapacitante...
Não te sei explicar o porquê...
E enquanto isso os nossos caminhos vão-nos guiando em sentidos opostos, estas comigo mas não estas, sei que gostavas de saber como me ajudar e que vais desistindo um pouquinho a cada dia, mas vou-me perdendo cada vez mais à medida que nos vamos desencontrando...
Não te culpo, percebo que não consigas assistir à minha deterioração e percebo que por vezes penses que sou eu que o escolho...
Mas preciso que saibas que eu não escolho as trevas, preciso que saibas que luto para me manter na luz...
E é neste instante que preciso de te ouvir dizer que ficarei bem, que juntas conseguiremos ultrapassar outro dia...
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
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