A luz que o sol me dá não chega para me aquecer...
E no entanto sou eu que fecho a porta, como já fechei tantas vezes antes...
Não deixo que me olhes por dentro, fecho-me na minha redoma de vidro, tenho tanto medo...
Sorrio, quando me perguntas como estou, mas quando estou só no pesado silêncio da noite são as lagrimas que me fazem companhia... Sinto-me tão só...
Vou tocando no vidro que nos separa, na esperança de que me possas sentir, mas é tudo tão em vão...
Sou forte e enfrento tudo o que venha, só para que não te desiludas com a minha fragilidade...
Das-me um abraço e eu afasto-te quando tudo o que queria era perder-me nesse abraço...
Afasto a vulnerabilidade que me provaca o sentir e afasto-te assim também a ti, justifico-me perante mim própria dizendo: provavelmente iria sair magoada...
Digo-te tudo o que penso desde que isso não me obrigue a expor-me, tudo oiço!
Tento falar-te mas a voz perde-se dentro de mim, será que compreederias?
Evito criar laços, pois tenho medo de depois ficar ainda mais só...
Escalo o abismo em que mergulhei, um pouco às apalpadelas, porque preciso de manter viva dentro de mim a esperança de que um dia o abismo termine e então existirá a luz...
Anseio por aquele abraço que não tenho a certeza de que exista e continuo à espera...
A verdade é que o amor que o mundo tem nunca vem, para me sussurrar que esta tudo bem...
... mas acredito que um dia aparecerá alguem que de mão dada pelos dedos me guirá pelos medos e fragilidades que fui criando no caminho e tudo passará...
E quando tudo isto passar, eu cá vou continuar... A estranha beleza da dor, florescerá dentro de mim e então serei uma rosa que nasceu no pantano...
Quando o caos, que em mim existe, se organizar então terei gerado uma estrela...
E todas as pedras que tenho guardado no caminho permitir-me-ão construir o meu castelo e então serei mais forte, serei mais eu, não mais estarei só, porque haverá espaço para quem quiser estar e haverá amor, muito amor!!!
sábado, 20 de setembro de 2008
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