domingo, 2 de abril de 2017

O que vês quando me olhas?

Dois anos se passaram e o que mudou? Nada? Tudo? Às vezes percorremos a mesma estrada, parece que nos leva por caminhos diferentes... mas chegamos ao mesmo lugar de sempre... Eu sei que estou diferente... mas ainda me sinto tantas vezes igual... E dói... dói tanto... esta dor que não tem fim... Há dias de luz lá fora que são escuros em mim... E então volto aqui... na procura do sentido... Na procura do meu ser que ficou perdido por ai na azafama do dia a dia, que não me permite sentir... que não me permite ser... E tu estas ao meu lado... mas não me vês verdadeiramente... e tantas vezes te grito em silêncio na esperança que talvez repares que sou mais do que o que vês... Quando me deito ao teu lado e te peço em silêncio que pares a dor... Eu sei que não posso ceder à dor é suposto a vida ser bela e amarela... e então tento pintá-la de tantas cores quantas me dás mas o passado não se apaga e então dói... e dói sem sentido de ser mas com todo o sentido do mundo porque a dor não se apaga só porque o tempo passa... ... apenas dói!