Pergunto-me

"Quantos gostos precisas para começares a gostar de ti mesma?"

Abraça-me bem...

No meio de todas as coisas... acho que no fundo só quero aquele teu abraço, que me faz esquecer de tudo... ... de tudo o que dói... de todas as vezes que me partiste o coração... ... sei que o partes porque deixo, porque me afeicoei a ti e agora sentes a minha fragilidade provocada por este gostar! Mas agora tens a oportunidade de me fazer esquecer tudo, abraça-me bem e tudo ficará bem bem... Voltaremos a ser como antes... onde as unicas dores eram de tanto rir!

Este estranho gostar...

Gosto de ti é um facto... mas o porquê de gostar de ti, permanece um mistério... Analiso este gostar, o que há assim de tão especial em ti, que me faz sofrer tanto com esta mudança?! De cada vez que uso o cerebro, vejo que na realidade não fazes parte do meu usual tipo... és pouco directo e até um pouco egoista... embora digas que não... em vez de me transmitires confiança e segurança para poder falar abertamente contigo, fazes o oposto... nunca conseguiria confiar plenamente em ti... E partes-me o coração tantas as vezes... e eu volto sempre ao mesmo registo... o de gostar de ti... mesmo tu não gostando de mim... mesmo doendo... este estranho gostar que me magoa e vicia... ... sim só pode ser um vicio... porque não há em ti outra explicação para me prender assimm... e no fundo sei que preciso de me libertar de ti... ... mas puxas-me todos os sentidos... mexes com todo o meu intimo, partes e partes e voltas a partir o meu já fragilizado coração... e sei que basta quereres que volto a correr para ti.... uma e outra vez... porque te gosto... sem saber porquê... mas gosto-te tanto...

Por a cabeça no Sitio

Às vezes precisamos de uma boa dose de realidade, alguém que nos diga não o que queremos ouvir mas o que precisamos... ... ainda que magoe... ainda que cada palavra nos fira... nos queime por dentro... ... e no momento em que estamos a ouvir ficamos magoados... dilacerados porque dói... É um facto provado a realidade nua e crua é dolorosa...mas às vezes é mesmo o que precisamos, para tomar as rédeas e mudar... Por a cabeça no sítio e seguir em frente...

i always say its the last time...

Apetecia-me chorar mas não o fiz... Embora doa cá dentro..! Afasto-me e mantenho-me cada vez mais fechada em mim... Um pouco por tua culpa também... Eu queria tentar ate, mostrar-te quem realmente sou... mas tu só te lembras quando precisas... ...começo a perceber que nunca é só por mim... Infelizmente há sempre algum interesse... ... talvez o problema seja eu estar sempre lá... Talvez não devesse... Mas como não ser o que sou realmente... E eu sempre fui assim... Com problemas de consciência quando sou má só por ser... Estava melhor... Mas agora volto a sentir a revolta cá dentro... volto a sentir que talvez não valerá a pena.. E tento animar-me a mim mesma.. Acalmar-me.... Será que sou facil para ti e por isso não dás valor porque estou sempre lá?! Ou será que sou demasiado dificil, demasiado fragmentada e por isso talvez aches que não vale a pena o trabalho de tentar descobrir o resultado final.. Porque gosto eu tanto de ti, se na realidade nao te assemelhas nada a mim? E porque me importo, se na realidade sou só eu a tentar derrubar o muro que outrora foi uma ponte? Certamente não tenho nada, para além de mim mesma pra te dar... E ainda assim sempre te dei tudo o que podia... Nem sempre tudo foi mau, já houve alturas em que onde agora há mágoa houve carinho e admiração.... Houve alturas onde havia gargalhadas e confidências onde agora só existe silêncio... E desde que se ergueu este muro entre nós que digo a mim mesma que é a última vez... Que não me vou importar mais... ... Digo que é a ultima vez mas... ...voltas sempre a partir-me o coração...

Desculpa e... sinto a tua falta!

Parece tão simples, tão incrivelmente facil... e devia ser... mas não é... eu sei que desta vez fui eu... fui eu quem agiu ao inverso do que devia ser, e... acredita que ainda me custa mais... queria a cena sem o drama, mas acabei por ficar com o drama e sem a cena... e conhecendo-te, talvez seja irreparável por isso, aqui fica... ... Desculpa, sinto a tua falta!

como eu gostava

Não te percebo, mas queria... Como eu queria perceber... Ligas e parece que está tudo bem, existe confiança e cumplicidade entre nós outra vez... Mas assim que estás, só existe distância... Dizes que não estás bem, mas pareces bem... Dizes que estás bem, mas não pareces bem... Cada vez que te afasto do coração e penso que aprendi a lidar contigo... Que decido que não vale a pena, lá estás tu outra vez... E como eu gostava de perceber... Para te afastar de vez ou para te aceitar como és... Não consigo fazer uma coisa ou outra sem perceber... Então vou jogando o teu jogo, da forma como gostas de o jogar, aprendo depressa e daqui a pouco já vou conseguir fazer como Sempre, estar sem ser, ser sem estar... Tal como tu... Mas como eu gostava que não tivesse de ser assim... Como eu gostava de tirar todo o drama e ficar só com a cena...

o "meu lugar"

Alguém me disse ontem num jogo de rugby que não me estava a correr da melhor forma, que eu precisava de confiar e acreditar em mim para jogar o melhor que sabia, como sabia fazer e fazia no treino para provar que o meu lugar era ali... Não me adaptei muito bem à nova equipa e não me integrei como devia, culpa minha e da minha insegurançaque inconscientemente me faz manter-me sempre um pouco á parte. Não consegui fazê-lo no jogo seguinte e acabei por ficar um pouco mais à parte ainda, e ve a desilusão na cara de quem me falou dessa forma honesta sobre o que se passava realmente... e fiquei ainda mais insegura e descrente... No entanto guardei para mim esta conversa... talvez porque ainda estou a tentar processá-la e tentar perceber o que fazer com ela... Ultimamente tem sido assim, falta de crença em mim, para provar qual o meu lugar no mundo... Parece tão fácil para algumas pessoas... porque não o será também para mim?! Como poderei provar ao mundo qual o meu lugar se nem eu sei bem qual é.... ... como podero o outros acreditar se eu própria me questiono... Como poderei integrar-me se eu própria me afasto e fecho.... E como mudar tudo isto se acontece sem querer... sem pensar... Preciso de encontrar o meu lugar em mim primeiro... para depois poder conquistá-lo no mundo... Que mente louca e insegura que fui criando ao longo do tempo...

Para ti ou para mim?!

Ao longo dos anos tenho escrito para ti, neste meu refúgio onde me permito a ser por inteiro... ...posso peemitir-me a isso, porque o faço sobre um véu só revelado a quem eu permito... ... posso fazê-lo porque o mesmo véu me esconde da vergonha da censura... da exposição da revelação do meu intimo... E faço-o quando me dá a vontade de por cá fora o que dói dentro, para que saibas o que verdadeiramente sinto e penso... Escrevo sempre para ti... ... principalmente quando me magoas e não te percebo... porque vais e vens quando te apetece... ... porque me baralhas e remexes, fazendo-me sentir o melhor e o pior(às vezes numa fracção de segundo)... E digo-te isso tudo aqui, tudo o que penso e nunca tive a coragem de dizer.... ...mesmo sabendo que nem sonhas da existência deste blog.... ...e se mesmo sabendo disso tudo continuo a escrever para ti... ... hoje pergunto-me se esse "para ti" não será afinal uma forma de lidar com tudo o que a minha alma de passarinho e sensibilidade de papoila me faz sentir... ... se afinal o "para ti" não será na verdade para mim... E se vieres por acaso a ler isto espero que fiques a conhecer-me um pouco melhor e talvez saibas a resposta à pergunta de hoje: -para ti ou para mim?!