quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Indiferença..!

É estranho a esta altura do campeonato falar contigo e não sentir nada além da indiferença...

Pela 1ª vez desde que te conheço, não senti nada ao ouvir as tuas palavras, antes considerava-as sábias e sentia sempre crescer em mim uma tremenda admiração enquanto falavas...
Apercebi-me logo que iniciaste a conversa, que estranhamente esta não estava a surtir qualquer efeito em mim, já não provocava admiração, vontade de ser como tu, vontade de mudar o mundo, não provocava nada, senti uma estranha apatia e indiferença tomarem conta de mim à medida que falavas...
Onde em tempos houve admiração, respeito, carinho, amor, consideração e mais tarde a mágoa, a desilusão, a tristeza, a dor... já não existe nada..!
Como se os ultimos acontecimentos tivessem provocado em mim um "tsunami", que ao recolher de volta ao mar, levou todos os sentimentos por ti que existiam na terra do meu ser..!
Estranhamente a minha voz sempre coberta de entusiasmo, aparecia vazia de emoções, apenas um som, algo sem conteudo..!
Cada vez que me questionaste ou usaste o silêncio como forma de me induzir a intervir, eu respondi, mas quase mecanicamente, como se estivesse programada para o fazer e não como se o quisesse realmente fazer..!
Foste falando e a meio da conversa senti aquela sensação estranha e estupida de que estava a assistir a um programa de telivisão em que os intervenientes eram deveras chatos e vazios, e apetecia.me pegar no comando para fazer zapping na esperança de encontrar algum programa intelectualmente estimulante... já tinha sentido essa sensação várias vezes antes, mas nunca o tinha sentido nas minhas conversas contigo, sentia-o quando falava com alguém extremamente fútil, principalmente..!
Escrevo e tento rever todos os momentos em que estiveste presente, todas as conversas que tivemos, toda a tranquilidade e protecção que me costumas transmitir, faço-o agora, e fi-lo também no decorrer da nossa conversa, tentei inclusive recordar todos os centesimos de segundo do sismo de grau 12 na escala de Mercalli, foi esse sismo , provocado por ti, que teve consequências catastroficas no nosso relacionamento, foi esse o sismo que provocou o "tsunami" que varreu qualquer sentimento, bom ou mau, que eu continha por ti, foi esse o sismo que provocou tudo e foi esse o "tsunami" que fez com que em relação a ti só a indiferença fosse possivel..! Fi-lo na esperança vã de encontrar um sentimento, um pequeno elo, fosse ele qual fosse, que ainda me ligasse a ti, tentei reacender o carinho, a admiração, até a magoa e a desilusão, fiz e faço tudo isso porque o meu cerebro, a minha mente, o meu lado racional acha que tudo isso não pode ter desaparecido assim, eu ainda preciso de um ponto de referência e esse ponto eras já há muito tempo tu..!
A verdade é que à medida que escrevo as palavras surgem-me na cabeça, mas surgem ocas, o meu lado emocional não guarda qualquer registo, hoje, em relação a ti.
Mas no entanto acho importante escrever sobre isso, e faço-o, mas faço-o como faço alguns artigos, em que ao me ser pedido que escreva por um tema que nem sequer acho minimamente interessante e escrevo de uma forma vazia de emoções, mas cheia de pensamentos lógicos, escrevo de uma forma racional, por instantes torno-me novamente uma máquina, vazia, mecanica..!
As palavras surgem e desvanessem mas consigo não trazem nada, são apenas ocas, vazias... são apenas palavras formadas por letras...
Tenho ainda a esperança vã de que não me sejas mesmo indiferente, de que isto seja um mecanismo de defesa, uma forma de reagir à tristeza ou à desilusão, penso que se calhar o desconheço em mim, mas que à medida que vou fazendo uma optimá evolução, isso traz alguns dissabores... tento pensar que talvez seja só uma fase, e que como todas as fases vai passar...
... para mim é triste pensar que me estou a mecanizar, porque ao afastar-me dos outros estou simultanemante a afastar-me de mim, a perder aquela harmonia que tanto lutei para conquistar..!
Mas sobretudo é trsite ver que alguém de quem eu tanto gostava e que surtia em mim quase o mesmo efeito que a lua surte nas marés, hoje, devido a um sismo seguido de tsunami, que podia ter sido evitado, já nada provoca em mim...
... e vou-me tornando apatica, a inercia vai tomando conta de mim, e subitamente tudo me vai sendo indiferente, tudo se resume a um nada, a uma estupida INDIFERENÇA!!!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A verdade...



Ao ler um post no blog "Coisas da Vida", intitulado: "Verdade".

Deparei-me por uma vontade imensão de reflectir sobre o assunto e escrever um algo sobre, isso, o post fazia uma serie de perguntas, sobre as quias estive a reflectir e a conclusão a que cheguei foi a seguinte:



Bem a verdade é na realidade uma "dicotomia", que nos deixa confusos e provoca sentimentos ambiguos no sentido em que por vezes as coisas tanto nos parecem verdade e mentira.

Mas isto acontece pelo facto de a verdade não ser exacta, absoluta ou definitiva, pelo contrário, é relativa, subjectiva e mutável. De forma a que aquilo que eu tenho como uma absoluta verdade outra pessoa pode ter com uma perfeita mentira, e por vezes nenhuma das partes tem toda a razão, pois por vezes podem existir várias verdades sobre a mesmissima coisa, como por exemplo, podes afirmar com toda a certeza acreditando piamente que é verdade que o céu é azul, e tens razão, é verdade, o céu é azul. Mas não é por vezes também cinzento, preto, avermelhado, alaranjado e por vezes uma salganhada de cores? Ou estou a mentir se te disser que o céu é cinzento?! Não, ambos estamos a dizer a verdade sobre a mesma coisa, no entanto a verdade que cada um de nós afirma é completamente diferente da do outro! E isto não se passa só com a cor do céu, mas com quase tudo o resto na vida e no mundo.

Mas isto não significa que não existam mentiras, pois existem, no entanto tem uma grande diferença da mentira, isto vem de uma crença pura de que é verdade, enquanto a mentira é premeditada e quem a diz tem total consciência do que está a fazer...

Se a mentira é punivel, sim sem duvida, quando premeditada concordo absolutamente com a sua punição...

No entanto, não considero que seja normal mentir, omitir ou trair, pois quando alguem faz qualquer uma dessas coisas não está a respeitar o outro e está a roubar-lhe o direito à verdade... Támbem não acredito que seja possivel uma relação seja ela do tipo que for onde isto aconteça... Talvez pelo facto de que sou apologista da sinceridade e da verdade acima de tudo!!!

Se nós podemos estar certos e o mundo inteiro errado, sinceramente penso que sim, e dou o exemplo de Galileu, quando afirmou que a terra era redonda, todos se riram dele e o julgaram louco, mas hoje em dia não aprendemos na escola que a terra é redonda?! Então ele estava correcto e o resto do "mundo", os que o julgaram loucos estavam errados... no entanto a terra consoante a posição do sol parece-nos adoptar outras formas, não deixando no entanto de ser redonda!..

Este é um bom exemplo em como devemos ter cuidado quando tendemos a julgar os outros, Por exemplo Galileu foi punido por afirmar a verdade...

Ainda a respeito das relações, infelizmente não conheço nenhuma, onde impere apenas a verdade absoluta, o que torna a minha busca por uma relação assim um pouco desmotivante...
... no entanto acredito que poderá existir, tem de existir, para tudo fazer sentido tem de exister uma possibilidade de as relações serem dominadas pela verdade absoluta, apesar de isso parecer dogmatico..!
As diferenças em cada um de nós fzem com que a busca de uma verdade absoluta, pareça domatica e irresoluvel, no entanto (talvez por ingenuidade), acredito que é possivel...
Acho que essa procura pela verdade não faz de mim louca, apesar de outros me querem fazer crer que sou por vezes ao destruirem e tornar falso tudo aquilo em que acredito com todas as minhas forças, nem a mim, nem a ninguém, pelo contrario, as minhas duvidas só acabam mais tarde por fortalecer as minhas certezas...
...e acreditem que o que tou para aqui a dizer não são só teorias, eu meto em prática o que digo, pois é isso que me ajuda a manter a sanidade mental, a chegar a mim e acriar um sentido para a vida, para a minha vida...
Não sei se concordam comigo ou não mas estou aberta a novas opiniões, a novas "verdades"...
Um Abraço!




terça-feira, 20 de novembro de 2007

Joana Castanheira

Joana, minha irmã...
quero que saibas do fundo do coração, que com poema ou sem poema, amo-te imensamente...
Talvez não te ame da forma como tu gostarias que te amasse (e graças a deus senão teria de ceder a todos s teus caprichos... hehehehe) no entanto amo-te com todas as minhas forças e da melhor forma que sei...
Sei que me pediste um poema, mas a inspiração não é a melhor, portanto a eta altura do campeonato foi o melhor que se consegui arranjar...
Lembra-te sempre o gostar não vem das palavras vãs, mas sim das acções que reafirmam essas mesmas palavras!!!
Aquele Abraço!!!

domingo, 18 de novembro de 2007

"I know you think that we cannot understand..."


Passei o dia inteiro com o papel e a caneta na mão, mas nada flui, não sei porquê mas não consegui dar forma ao que surgia no meu pensamento, talvez porque surgia tudo á velocidade da luz, a unica coisa que permanece é esta frase da letra de "are you ready 4us", uma musica dos tragic comic: "I know you think that we cannot understand...", talvez porque na verdade seja isso que tu pensas, que nós não te podemos entender...
No entanto penso que te poderiamos entender se nos desses essa hipotese, se confiares em nós...

Também eu já me senti perdida, no entanto foi esse sentimento que me aproximou do que eu mais desejava encontrar: o meu verdadeiro eu e com ele o sentido para a vida...

È uma busca inquieta e tortuosa, e pensamos muitas vezes que não vale a pena... No entanto devemos perceber, que pelo contrário vale muito a pena! E todos esses dissabores que sentimos enquanto percorremos o caminho só servem para nos tornar mais fortes..!

Eu sei que pensas que não te posso entender, mas posso tentar, não prometo que te direi que tens razão no entanto respeitarei sempre a tua opinião...

Todos temos de aprender a ser sempre um pouquinho mais humildes, não podemos sempre pensar que somos os mais: inteligentes, sofredores, bonitos, problemáticos, simpáticos, alegres, tristes....

Pelo contrário devemos pensar sempre que somos, nem que somos os mais, nem que somos os menos, simplesmente que somos, ao tomarmos consciência do pensamos e sentimos, dos nossos defeitos e virtudes, das vezes que erramos e acertamos, de quem gostariamos de ser e de quem não gostariamos de ser... vamos-nos sempre aproximando um pouquinho mais de nós proprios, daquilo que realmente somos...

Eu sei que pensas que não te posso enternder, mas será que te entendes a ti própria? Raramente os outros nos conseguem entender se nem mesmo nós nos conseguimos entender, e quem diz entender diz também aceitar, compreender, respeitar, amar... Nós sem nos apercebemos criamos uma especie de "aura" à nossa volta, que transmite exactamente o que sentimos aos outros, se formos pessoas tranquilas os outros sentirão tranquilidade junto de nós, se nos sentirmos tristes os outros sentirão a nossa tristeza quando estiverem junto de nós, se formos alegres, os outros sentirão a alegria que brota de nós e sentir-se-ão alegres por estarem junto de nós, se nos aceitarmos os outros aceitar-nos-ão tambem, atenção quando digo aceitar não digo resignar, só quando aceitamos que temos um certo defeito ou virtude é que pudemos, mudar e aprimorar...

"I know you think that i cannot understand...", foi com esta musica a ecoar nos meus ouvidos que acordei, foi também com neste turbilhão de pensamentos e nesta confusão de sentimentos que tu provocaste em mim, que a tua distancia provocou em mim, e é com isto mesmo que adormecei, com isto e com o desejo de que percebas que para nos aproximarmos de nós , não precisamos de nos afastar dos outros...

Juízo e dá uma chance aos outros está bem Filipa?!

O poder do olhar

Olho-me ao espelho à procura daquele olhar triste que os outros projectam em mim e no qual não me consigo encontrar... e às tantas por meio de lagrimas e solidões lembro-me das palavras que tantas vezes oiço em conversas profundas ou profundamente banais : o poder do olhar. Mas que poder de olhar é esse?Será aquele que passamos a vida na ansia de encontrar, aquele olhar que nos transmite protecção e doçura, que acabara defnitivamente com a solidão que se abate sobre mim, que é como uma corda que tem o poder de me resgatar do abismo, das trevas e da tristeza em que mergulhei, aquele olhar que é tão simples mas simultaneamente tão belo, que tem o poder de iluminar até as mais profundas trevas que há muito invadiram o meu coração! Aquele olhar que me ensina o que é o amor...Ou será aquele olhar com que encaro a vida, tantas vezes triste e injusta, cheia de mágoas e desilusões... e, outras (em numero menor mas em qualidade maior) tão e cheia de sonhos! Aquele olhar com que procuro os meus sonhos, lusões e, finalmente me apercebo que não concretize nem um terço daquilo que sonhei, na maiora das vezes nem sequer tentei com medo de não ser capaz de os consegur atingir, aquele olhar com que desisto de ser feliz porque antes da felicidade vem sempre uma grande e amarga dor e , então conformo-me a uma estupida indiferença para não sentir...Aquele olhar com que me fecho sobre mim própria com medo de deixar os outros se aproximarem, onde uso o meu melhor repelente na tentatva de repelir qualquer alma cheia de carinho que goste ou se preocupe comigo, pois senão o fizer apego-me e fico vulneravel às hipoteticas magoas que me possam provocar...Aquele olhar que se transforma à medida que rio e choro... aquele olhar tão meu, que tem o poder de mergulhar quem ousa enfrentá-lo na mais profunda tristeza, aquele olhar vazio de alegrias mas cheio de mágoas e solidão...Aquele olhar que tem o poder de vasculhar a minha alma de tal maneira que quando quero dizer que pare, pareço sofucar nas minhas próprias palavras...Aquele olhar tão terno que me envolve e prende na sua tamanha ternura, que me faz querer nunca mais sair dessa ternura tão protectora...Há tantas formas de olhar , cada uma com o seu poder, olhares capazes de transformar o mundo ou apenas de arrepiar o coração... olhares tão cheios ou tão vazios e, no entanto, existem tantos outros, como o meu que ainda não encontraram o seu poder... que se escondem, que não têm brilho... Contudo têm anda um outro poder, o poder de reflectir o que lhes vai na alma...