sexta-feira, 20 de abril de 2018

rascunhos

È quando estamos longe que conseguimos ver as coisas com mais clareza... Dizes que me amas... mas será que é mesmo amor o que sentes ou é apenas cómodo estar comigo... porque é mais calmo, porque é facil, porque é simples... ... de tudo o que afasta e impede de me perder por completo, esta é a minha maior preocupação... ser cómoda... Porque o comodismo tem tudo de bom e tudo de mau... é bom porque impede que te magoes, porque impede que sejas apanhado de surpresa... porque é seguro e sobretudo porque é fácil... E tem tudo de mau, porque te impede realmente de viver deixa-te apenas a existir... nada que não nos surpreenda vale mesmo a pena... nada que não nos arranque deste ir vivendo nos faz mesmo viver ao expoente máximo do que é a vida... Não me interpretes mal, o amor deve ser fácil... bom... simples... mas também deve ser intenso... deve-nos sentir que nos foge o chão por vezes e ficamos sem ar... E são esses momentos em que olhas e tudo parece perfeito naquele instante que fazem valer a pena! A meu ver a vida tem de ter momentos de tirar a respiração e o amor deve ser um pouco como uma droga que nos deixa em extase e nos faz querer mais... Isso é saudável desde que saibamos gerir... desde que seja por escolha... ... eu posso viver sem ti... eu posso ter momentos perfeitos sem ti... eu existo e sou eu sem ti... mas escolho-te a ti, escolho partilhar as coisas, os momentos, os beijos contigo... e de cada vez que o faço em extase quero mais e mais...

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